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Cuando o rio une

A represa hidroelétrica de Salto Grande é a primeira grande obra de integração da América Latina. Convidamos a conhecé-la.

Essa obra de aproveitamento múltiple do rio Uruguai foi desenvolvida pelos governos da República Argentina e da República Oriental do Uruguai com o objetivo de gerar energia elétrica cuidando o meio ambiente, enquanto que se refundava -dessa vez em terra, pedra e cimento- a união dos povos rioplatense possuidores de un passado e um destino comum.

Na atualidade tem se desenvolvido um passeio turístico pelo setor; pode se visitar parte das instalações da represa e aprender respeito dos processos da sua construção, a energia que produz e o funcionamento em geral.

A represa encontra-se numa paragem denominada Ayui, uns 13 quilómetros para o norte e a uns 18 quilómetros de Concordia – Argentina.

A proximidade do lugar fez nos interesarmos por conhecer aquele bloco de concreto e sem duvidar para aí fomos.

Estando no prédio, fomos convidados para assistir um filme que resumia os momentos históricos mais importantes na construção da represa. Assim soubimos que no ano 1946 Argentina e Uruguai assinaram o acordo para o aproveitamento do rio Uruguai, se criando desse modo a Comisão Técnica Mixta de Salto Grande.

No ano 1974 a Comisão Mixta deu a ordem do começo das obras. Nessa etapa mais de 4500 operários chegaram a trabalhar de forma ininterrompida. Em 1979 conformou-se o enorme açude e a primeira das catorce turbinas começou a funcionar gerando energia elétrica.

No ano 1982, inaugurou-se a ponte internacional que possibilitou unir pela primeira vez na história os ramais ferroviários de Argentina, Uruguai e Paraguai, com o que constituiu-se como o terceiro ponto de conexão binacional, somado às pontes existentes entre Paysandú-Colón e Fray Bentos-Gualeguaychú (Pto. Unzué). Finalmente, em 1983 começou a funcionar o último hidrogerador e ficou inaugurada oficialmente a represa, já que funcionava no cem por cento.

Cabe destacar que desde aquele momento Argentina e Uruguai poupam conjuntamente 120 milhões de dólares por ano que, de não existir Salto Grande, deveriam gastar na compra de combustível.

Depois do entretido filme, fomos conduzidos a uma sala para apreciar uma réplica de uma turbina de Salto Grande construida em escala. Alí o nosso guia comentou com respeito ao tamanho, materiais empregados e energia produxida pela represa.

Desse jeito aprendimos que um extenso e seguro sistema de transmisão leva a energia produzida por Salto Grande aos centros consumidores. A longitude das línhas é de 748 quilómetros de território argentino e 476 em solo uruguaio. A capacidade em promédio por ano de geração é de 6.700.000 MWH., com o que supera amplamente as expectativas.

Finalizado o bate papo, dispusemos-nos num transfer pertencente à represa que levou-nos pelos diferentes terraços e sobre a ponte internacional para que pudéssemos observar mais detalhadamente a monumental obra. Graças a esse empreendimento a integração social e econômica entre dois povos irmãos como são Uruguai e Argentina.

No seu passo por Salto, recomendamos visitar a represa hidroelétrica de Salto Grande, símbolo de união e orgulho de dois nações que produzem em paz para a vida.

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