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O povo acorda no verão
Pablo Etchevers Pablo EtcheversConhecida pelas suas águas, Aguas Dulces é uma pequena cidade esquecida no tempo; só no verão recupera o seu andar até que a chegada do outono devolve mais uma vez à normalidade.
O seu nome deve-se ao fato de que no solo é realmente muito fácil achar água doce, pura e potável, e segundo se conta apénas alcança realizar um oco pouco profundo para dele emerger o bendito líquido.
Localizada no sueste do departamento de Rocha, mais essatamente arredor do quilómetro 270 da rodovia nacional 10, encontra-se essa pequena cidade cujos habitantes estáveis não superam mil. Contudo, as suas pequenas ruas de areia, as suas gigantes praias e os seus barracões de povoadores de Castillos construiram as suas casas de final de semana há muitos anos.
Aguas Dulces foi crescendo e muitos ficaram morando alí e, por que não dizer, a se apossentar dignamente junto ao mar, ao vôo das gaivotas e a uma solidão reinante que não por isso deixa de ter vida própria.
Desde o ingresso à rodovia nasce uma rua precisamente chamada como a principal (na realidade, o seu nome é Av. De los Palafitos) e que atravessa os poucos quarteirões que tem o povo. Essa rua-boulevard, que durante os meses do verão vira intransitável, morre em outra rua que faz de orla marítima local: Cachimba e Faroles, a que alberga a quase a maioria das lojas e serviços do povo.
O majestoso do desordem
Amparadas sob a regra do desordem, e apénas ordenadas por algumas ruas que limitam as propriedades, mantêm-se em pé as casas de pescadores e habitantes dese povoado cuja velhice espirra-se em cada passo. Só às vézes a presença de alguma moto ou velho carro interrompem a tranquilidade dessas desérticas ruas cujos nomes correspondem a espécies de árvores, peixes ou pássaros.
Os murais e as pintadas são uma das caraterísticas mais peculiares do lugar. Observa-se a vasta obra que diferentes e reconhecidos artistas plásticos tem sabido harmonizar com os frentes de algumas construções aportando mágica e cor a um lugar que já tinha o seu própria mágica.
A escola, a delegacia, o escritório de telefone e os restos do Arinos, um velho barco que encalhou no século passado, são parte das atrações que o visitante observa enquanto percorre a cidade. Mas são também o detalhe mágico que tem esse lugar no mundo onde a nada parece ser parte da normalidade dos seus habitantes, o que altera-se com a chegada do calor e do verão. Diferentes formas de ver e desfrutar o mesmo lugar que muda e se recicla sem perder o seu adorável encanto.
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