Passeios e Excursões:
Um museu vivo no Hotel Argentino
Pablo Etchevers Pablo EtcheversO Hotel Argentino resulta um espaço ideal para que também curta quem veraneia pela zona e decide realizar um roteiro pelo interior. Um passeio inigualável.
O Hotel Argentino da cidade de Piriápolis é uma maravilha arquitetônica e um lugar ideal para se-hospedar e curtir os quartos senhoriais e o seu impressionante visual para o Pan de Azúcar de um lado e a orla e o imenso mar do outro.
Mas atualmente o hotel é também um espaço para curtirem todos os que veraneiam pela zona e querem dar um roteiro no seu interior: Seu nível térreo poderia ser considerado um museu histórico que nos permite aproximar às costumes de verão de começo e metade do século XX.
Ao ingressar pelas escadas que olham para o mar, você percebe que está ingressando numa construção magnífica, sensação que se confirma assim que atravessar a porta, olhando para as impecáveis cerâmicas do chão, os tetos altos, as aberturas e ferragens.
Uma majestosa escada convida para subir aos quartos e nos deslumbra com um vitral de aproximadamente cinco metros quadrados e inúmeras cores e furta-cores.
Nesse bonito nível térreo destacam, no acesso, as duas salas de chá, que se localizam a ambos os lados, cujas enormes janelas permitem observar o movimento marítimo. Numa delas, os muros exibem inquietantes retratos de glórias do espetáculo uruguaio, como o cômico Ricardo Espalter e a cantora Lágrima Rios, entre tantos outros.
Muito perto assoma na sala original do hotel, um salão enorme. Ali as mesas, toalhas de mesa e balcões nos lembram 1930, ano da inauguração do prédio.
Mas a viagem através do tempo está apenas começando. Ao percorrer as galerias que se abrem para os lados do nível térreo, exatamente antes de chegar às escadas, as marcas do tempo se trocam por presenças: etiquetas de vinhos exclusivos utilizados em 1935, cartões postais daquela época, o livro contável e do cadastro de turistas dos primeiros anos do hotel estão nos estantes vidrados junto com livros originais escritos por Seu Francisco Piria, onde desenvolve suas ideias do socialismo utópico. Destacam-se ali, além disso, dois modelos de roupas de banho para homens (similares às atuais para mulheres), de orgulhosa origem alemã.
Na galeria que leva para o Casino de Piriápolis (Como não podia ser de outro jeito, está dentro desse incrível lugar) os muros mostram notáveis fotos que registram as antigas noites de dança, banhos de turistas sobre a praia, os trabalhadores da cozinha em plena ação e inúmeras placas que promoviam a cidade e o hotel a “apenas duas horas de Montevidéu”.
Todas essas peças, ao mesmo tempo em que exibem a linguagem publicitária dos primeiros anos do século, falam do orgulho que sentiam, desde esse lado do mundo, pelo hotel, suas acomodações e serviços.
O salão casino, imortalizado em várias fotografias exibidas no hotel, também resulta muito atraente. Possui enormes janelas e lustres que penduram do teto, junto com fichas nas que os hóspedes e visitantes sonham com a glória de acertar todas pelo menos uma vez.
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